Hotelaria em 14 regiões do estado de São Paulo dá sinais de aquecimento em outubro

A Pesquisa de Desempenho da Hotelaria do Estado de São Paulo, da Abih-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) – São Paulo, chega à 52ª edição e apresenta os indicadores de outubro/24. Foi um mês de alta moderada nos três indicadores básicos – Diária Média, Taxa de Ocupação e RevPar.

Das 13 regiões que responderam à pesquisa, cinco apresentaram queda na TO (Taxa de Ocupação), cinco também recuaram na DM (Diária Média) e outras cinco no RevPar. A alta mais expressiva ficou por conta da região Sudoeste. Já a maior baixa foi registrada no Vale do Ribeira.

As regiões com apelo corporativo confirmaram a demanda aquecida, enquanto as de lazer continuam no período sazonal de baixa, sem feriados prolongados, que ajudam a aumentar os índices.

Na análise da relação funcionários x UHs (Unidades Habitacionais), outubro/24 apresentou índice 0,51, mantendo-se inalterado pelo terceiro mês seguido. Na comparação com julho/20 (início da série), a queda acumulada é de 0,09 pontos (-15,00%), depois de atingir o mesmo índice do início do estudo, no 33º mês.

Os resultados da pesquisa sobre a oferta de UHs adaptadas para PcDs (Portadores com Deficiência) foram mantidos para fixação da informação. Ou seja: mostraram-se satisfatórios com relação ao que ao teor do decreto 11303 sobre o tema. A Abih-SP recomenda atenção à adaptação de unidades e adequação à lei.

Nesta edição, a entidade repetiu as informações sobre a pesquisa do registro Cadastur das propriedades. Da mesma forma, é importante que as propriedades estejam regulamentadas. O Cadastur é obrigatório, de acordo com alei 11.771, válido por dois anos e muito simples de ser adquirido.

A Abih-SP apresenta, também, os indicadores de categoria (Econômico, Midscale e Upscale) e de posicionamento principal do hotel (Corporativo, Lazer ou Ambas Opções). Ambos com altas e baixas, de acordo com as respostas tabuladas.

**Pesquisa da Abih-SP revela que meios de hospedagem com apelo de lazer continuam no período sazonal de baixa** | **Divulgação**

Neste mês, sobre os indicadores de relação despesas x receita, os resultados exibiram melhora significativa. A faixa compreendida até 50% apresentou os maiores índices, indicando equilíbrio. Apesar de a faixa entre 80% e 90% ter apresentado alta, aquela acima de 91% mostrou a maior queda. Neste mês, a média das despesas ficou em 62,83%, aumentando a rentabilidade estimada de 37,13% na média das propriedades.

Outubro, assim como setembro, é um mês de alta para o corporativo e os indicadores foram sustentados muito por conta destas regiões. As que têm apelo de lazer continuam no período sazonal de baixa. Apesar de a região do Litoral Norte ter apresentado bons indicadores, as demais de lazer continuam com média baixa, muito pela ausência de feriados prolongados.

O mês de novembro terá característica de boa demanda do corporativo e eventos. Além disso, inicia-se a retomada do lazer, com feriados previstos, shows e outros eventos no Estado de São Paulo.

**O mês de novembro terá característica de boa demanda de meios de hospedagem corporativos e eventos** | **Divulgação**

Indicadores

Respostas dos associados por MRTs do Estado: 81,25% em outubro, contra 75,00% de setembro.

Representatividade dos municípios das respostas colhidas (394 no total): 78,68% em outubro, contra 80,71% de setembro.

Representatividade de UHS dos municípios respondentes (180.710 Uhs no total da amostra): 85,76% em outubro, contra 82,01% em setembro.

Total de propriedades que responderam à pesquisa: 3.224 no total da amostra – 3,35% em outubro, contra 3,10% em setembro. Ou seja: 108 de 3224, contra 100 de 3224 em setembro.

Representatividade das Uhs das respostas, com base no número total de Uhs dos municípios que responderam: 10,90% em outubro, contra 9,56% em setembro. Ou seja: 16.888 de 154.980 em outubro, contra 14.176 de 148.201 em setembro.

Resultado consolidado do Estado – Taxa de Ocupação

TO de outubro: 63,71%. Acumulado do ano: 57,84%. Variação em relação a setembro/24: 0,90%.

Resultado consolidado do Estado – Diária Média

DM de outubro/24: R$ 438,60. Acumulado do ano: R$ 424,28. Variação em relação a setembro/24: 1,42%.

Resultado consolidado do Estado – RevPar

RevPar de outubro: R$ 279,43. Acumulado do ano: R$ 246,06. Variação em relação a setembro/24: 2,33%.

Indicadores por Categoria de Hotéis

Declararam Econômico: 45,37%. Upscale: 12,96%. E Midscale: 41.67%.

Indicadores por Atividade Principal Declarada dos Hotéis

Declararam Corporativo 55,56%. Ambos: 27,78%. E Lazer:16,67%.

Oferta de Uhs para portadores de Mobilidade Reduzida: Declaram possuir UHs adaptadas: 91,18%. Declaram não possuir: 8,82%. O Decreto 11.303 determina que a quantidade mínima de aptos PCDs para os Hotéis, Pousadas e Similares é de 10%. E que os empreendimentos precisam se adequar até 03 de dezembro de 2024. Esta regra é aplicável aos empreendimentos construídos até 29 de junho de 2004. (Fonte: gov.br).

Hotéis que declararam possuir Cadastur

Declararam que sim: 97,11%. E que não possuem: 2,89%.

Sondagem prevê taxa de ocupação dos hotéis de SP para Natal e Réveillon

A ABIH-SP realizou a sondagem de previsão de ocupação dos hotéis para os períodos do Natal e Réveillon com uma única expectativa para a semana. Ou seja: de 23/12/24 a 02/01/25.

Em 2023, houve a divisão da ocupação entre ‘Semana do Natal’ e ‘Semana do Réveillon’. Resultados: TO do Natal – 59,50%. TO do Réveillon – 79,50. Destaques positivos do Natal/23: Circuito das Águas e Estâncias Climáticas; Entradas e Bandeiras (Polo Corporativo); e Litoral Norte.

Destaques positivos do Réveillon/23: Circuito das Águas e Estâncias Climáticas; Entradas e Bandeiras (Polo Corporativo); Coração Paulista; Alta Mogiana; Noroeste Paulista; Vale do Paraíba – Serras; Litoral Norte; Capital Paulista. Para verificar a TO de 2023 em cada uma das MRTs e a expectativa da mesma em 2024, consultar a integra da sondagem.

ABIH-SP é presidida por Ricardo Roman Jr. O desenvolvimento do projeto da presente pesquisa e a edição do conteúdo são de Roberto Gracioso, que integra o Conselho Fiscal da entidade. A gerente operacional Gláucia Sangiovanni é a responsável pela coleta, tratamento e administração de dados.